Na tarde dessa quarta-feira (12), representantes das Fetrafs dos três estados do Sul (Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) e demais organizações que representam a Agricultura Familiar e Camponesa participaram de audiência com a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina.
A ministra chegou ao município de Chapecó, em Santa Catarina, acompanhada de comitiva, formada por líderes do agronegócio e autoridades políticas, para “ver de perto” a situação da estiagem intensa vivenciada na região Sul. Mas apesar da grande expectativa dos agricultores e agricultoras familiares com a visita, não houve de fato qualquer anúncio de recursos financeiros ou apoio para os produtores.
Ao invés de propostas concretas, a ministra falou apenas em “puxar a orelha de São Pedro pela falta de chuvas”, enquanto técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Embrapa) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apenas desejaram boa sorte aos agricultores.
Mas apesar do descontentamento com a conclusão do encontro, a base Contrafiana aproveitou a oportunidade para entregar à ministra pauta emergencial com propostas e reivindicações da Agricultura Familiar para enfrentar a intensa estiagem que têm causado prejuízos em toda a região.
Entre outros pontos, o documento entregue sugere a criação do Programa de Bolsa Estiagem Emergencial Alimentar, para garantir a subsistência das famílias de agricultores familiares e camponesas que tiveram perdas com a estiagem, Política Emergencial de Garantia de Produção do Leite na Agricultura Familiar e Camponesa e disponibilidade de crédito emergencial na modalidade custeio, investimento e capital de Giro para produção de alimentos, no limite de R$ 20 mil reais por família, juro zero e prazo de 10 anos para pagar.