Entre os dia 01 a 03 de abril, aconteceu na sede da Assesoar em Francisco Beltrão/PR, a primeira capacitação técnica, para agentes e lideranças sindicais, referente ao Programa de Desenvolvimento de Transição Agroecológica na Agricultura Familiar do Sul do Brasil.
Esse programa é desenvolvido através de um convênio entre o @mdagovbr e o @ceasolceasol , em parceria com as FETRAF´s do PR, SC e RS, o qual visa atender 600 famílias, por meio de acompanhamento técnico com base no método de Sistema de Plantio Direto de Hortaliças e Grãos (SPDH+).
De acordo com Vilmar Sergik, presidente do CEASOL, o objetivo é promover a inovação tecnológica na agricultura familiar, gerar mais renda, diminuir custos, aumentar a produtividade, conservar o meio ambiente e produzir alimentos saudáveis. Sergik acrescenta, que “o próximo passo será o cadastramento das famílias, seguido de análise do solo e entrega de um mix de sementes de adubação verde, que tem a função de recuperar a fertilidade da terra.”
Para Valdemar Arl, assessor político, pedagógico e técnico do programa, “o SPDH+ retoma os princípios de sua construção: transição agroecológica massiva e em movimento. É um caminho para a construção de um novo jeito de fazer agricultura, que diminui os custos, mantém e melhora a produtividade e as condições ambientais. Na dimensão técnico científica, muda o raciocínio agronômico, tendo a planta como centro e a saúde de plantas e a saúde ambiental como perspectiva. Sustenta-se na biodiversidade e produção de biomassa para ampliar a funcionalidade e fertilidade do sistema. Na dimensão político pedagógica se exerce num processo dialético e dialógico que busca a transformação da realidade, dos contextos e dos sujeitos envolvidos por meio da interação constante e unitária entre prática e teoria (práxis). Um grande diferencial em relação a outros métodos é que o SPDH parte do real, que na maioria dos casos é o modelo agroquímico/ industrial, para o ideal, ou seja, para a agroecologia, num processo mediado pela realidade concreta,” conclui.