O Bloco da Agricultura Familiar, liderado pela deputada estadual Luciana Rafagnin (PT), promoveu uma reunião de trabalho sobre o tema e elaborou um encaminhamento à Copel.
Por Ana Luzia Mikos Foto: Valdir Amaral/Alep
As constantes interrupções de energia elétrica no Estado e consequentes prejuízos econômicos para os agricultores paranaenses foram discutidos entre entidades e parlamentares, nesta terça-feira (18), na Assembleia Legislativa do Paraná.
Entre as principais demandas do setor estão a terceirização excessiva dos serviços, a falta de materiais para manutenção da rede elétrica e a ausência de compensação financeira por apagões prolongados. A parlamentar destacou que, em 2023, foram encaminhados 28 mil pedidos de indenização à Copel por prejuízos causados pelas quedas de energia, mas pouco mais de 7 mil foram atendidos.
O representante da Fetraf-PR, Eldo Matte, classificou como lamentável a qualidade do serviço prestado pela Copel, destacando as perdas incalculáveis para o setor.
Encaminhamento
Um documento elaborado na reunião foi entregue ainda nesta terça à Copel. Entre as principais reivindicações estão um plano emergencial de resposta para os apagões; um prazo máximo para restabelecimento da rede elétrica; a revisão da estrutura operacional; a garantia de transparência sobre a falta de materiais e infraestrutura; uma compensação financeira para as quedas prolongadas de energia; isenção proporcional na fatura de energia das famílias prejudicadas; canais mais ágeis para o atendimento e a criação de uma comissão da Assembleia, com deputados de vários partidos para acompanhar o serviço público do fornecimento de energia elétrica no PR. A empresa se comprometeu a fazer a limpeza de 150 km de linhas de transmissão, com a retirada e poda de galhos, que possam comprometer o funcionamento. O prazo indicado para esta manutenção em linhas do Sudoeste é até 28/03.